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CARLOS CALERO
(Nasceu em Masaya, Nicaragua, em 1953).
Graduação e Mestrado em Ciências da Educação, campo em trabalha como docente de curso secundário e universitário.
Publicou: El Humano Oficio (2000); e La costumbre del reflejo (2006).
Ganhou menção honrosa especial no Concurso de Poesia Jovem Leonel Rugama na Nicaragua.
TEXTO EN ESPAÑOL - TEXTO EM PORTUGUÊS
IX FESTIVAL INTERNACIONAL DE POESÍA DE GRANADA, Nicaragua 2013. Memoria Poética. 121 Poetas / 56 países. Managua, Nicaragua: Fundación Festival Internacional de la Poesía de Granada, 2014. 220 p. ISBN 978-99964-896-2-4
Na capa: reprodução do cartaz do evento. Inclui poemas dos convidados e uma foto coletiva. Inclui os poemas brasileiros: Thiago de Mello e Floriano Martins.
Ex. bibl. Antonio Miranda
Paloma póstuma
A Juanita mi difunta esposa
Abrí los ojos en la ribera sur del lago el día que iniciaste el viaje. Um
aletear a ras de los canales, un verde seco y humoso; un beso por la
costa hasta Granada. Te vi alas, vi el deseo del sol Conocí tu destino
tu destino recorrendo huertas de mandarinas, vahos azules,gritos de
amor con los clarineros en los laureles de la índia; toqué la sombra .de los bahareques y marimbas de Masaya. El cielo y un rumor verde
de laguna; volví al niño cozador, volví a ser el pez del silencio y la blanca sombra de las garzas. Quise imaginarte en el sueño de la gran
culebra que salía crispada del deseo para anidarse en el agua.Medio-
día en Managua, centro fugaz de tus ojos en ascensión con pecho re-
dondo y rosado, y un lago para refrescar las alas. Vi júbilos descen-
diendo en las islas. Conocí el misterio salobre de una sirena, her- mética en la eternidade, con espejo de mar en la espalda. Toqué las
puntas de nuestros sueños y cerramos los ojos como
palomo y paloma.
TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA
Paloma póstuma
A Juanita mi difunta esposa
Abri os olhos na margem sul do lago no día em que iniciaste a via-
gem. Uma vibração no nível dos canais, um verde seco e humoso;
Um beijo pela costa até Granada. Vi tuas asas, vi o desejo do sol.
Conheci teu destino recorrendo hortas de mexericas, névoas azuis,
gritos de amor com os clarineiros nos lauros da índia; toquei a som-
bra de pau-a-pique e marimbas de Masaya. O céu e um rumor verde
de lagoa; voltei a ser menino caçador, voltei a ser o peixe do silên-
cio a branca sombra das garças. Quis imaginar-te no sonho da co-
grande que saía nervosa do desejo para aninhar-se na água. Meio-
dia em Managua, centro fugaz de teus olhos em ascensão com peito
redondo e rosado, e um lago para refrescar as asas. Vi júbilos des-
cendo nas ilhas. Conheci o mestério salobro de uma sirena, hermé-
mética na eternidade, com espelho de mar nas costas . Toquei as
pontas de nossos sonhos e cerramos os olhos como pombo e pomba.
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Página publicada em abril de 2021
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